35º Dias de encontro "Purgatorio"


O Purgatório
O que devemos entender é que todos os pecados causam danos a sua alma, porém nem todos os pecados possui a mesma consequência, existem os pecados (Mortais) e os pecados (Não Mortais ou Veniais são pecados 'leves' ou perdoáveis pela via extra-sacramental).


I João 5,16-17. Se alguém vê o seu irmão cometer um pecado que não leva à morte, reze, e Deus dará a vida a esse irmão. Isso quando o pecado cometido não leva à morte. Existe um pecado que leva à morte, mas não é a respeito desses que eu digo para se rezar. Toda a injustiça é pecado, mas há pecados que não levam à morte.

Sabemos que todos os pecados causam danos a sua alma, porém sabemos que nem todos os pecados levam a morte de sua alma (A morte da Alma é ser jogada no lago de fogo Apocalipse 20-14). 

Bem aqueles que morrem com pecados mortais não expiados em vida terão como recompensa o lago de fogo (inferno).

Agora eu pergunto:

O que acontece com aqueles que morrem com pecados não mortais e não expiados em vida? São João diz que nada de impuro pode Entrar na Nova Jerusalém.

Apocalipse 21,27. Nela jamais entrará qualquer imundície, nem os que se entregam à abominação e à mentira. Vão entrar somente aqueles que têm o nome escrito no Livro da Vida do Cordeiro.

Jamais uma pessoa que morreu com um pecado não mortal poderá ser jogada no inferno, esse pecado não tem essa consequência, por outro lado sabemos que ela não poderá entrar na Nova Jerusalém porque mesmo não estando com um pecado mortal ela estará impura pelo seu pecado Venial, sendo assim essa alma terá que passar pela purificação e assim entrar no Reino de Deus.

Vamos entender essa purificação Biblicamente, Jesus Cristo nos mostra a purificação da Alma na parábola do Servo Cruel.

Mateus 18-23. Porque o Reino do Céu é como um rei que resolveu acertar contas com os seus empregados.

Observam que Jesus Cristo está falando unicamente do (Reino dos Céus) ele não está aqui explicando nada sobre inferno.  

Mateus 18,24-27. Logo ao princípio trouxeram-lhe um que devia dez mil talentos. Como o empregado não tinha com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, juntamente com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, ajoelhado, suplicava: "Dá-me um prazo, e eu te pagarei tudo” Levado pela compaixão, o patrão soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.

Agora Jesus Cristo faz a comparação do Rei acertando as contas com seu servo e (Deus), no caso esse servo devia dez mil talentos (uma quantia considerável na época) o que figuralmente retratava seus pecados veniais cometidos, porém o Rei (Deus) estava totalmente disposto pela misericórdia divina perdoá-lo de toda sua divida (seus pecados).

Mateus 18,28-30. Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem moedas de prata. Agarrou-o pelo pescoço e começou a sufocá-lo, dizendo: "Paga já o que me deves” O companheiro, caindo a seus pés, suplicava: "Dá-me um prazo, e eu te pagarei". Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou metê-lo na prisão até que pagasse o que lhe devia.

Após o Rei (Deus) ter se colocado totalmente disposto a perdoá-lo, o servo não se coloca com a mesma disposição com seu companheiro que lhe devia apenas cem dentários (uma quantia bem inferior da que ele devia para o Rei) sendo assim o servo se demonstra uma pessoa totalmente cruel e egoísta, pois devemos perdoar a todos os nossos irmãos, seja qualquer tipo de ofensas.

Mateus 18,31-33. Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e contaram-lhe tudo. “O patrão mandou chamar o empregado e disse-lhe: Empregado miserável”! Perdoei-te toda a tua dívida, porque me suplicaste. Não devias também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive de ti?

Assim o Rei (Deus) pede contas ao servo, pois ele estava totalmente disposto a perdoá-lo de todas as suas dividas (purificar de todos os seus pecados em vida), mas o servo não agiu como na oração do pai nosso.

Perdoai as nossas dividas assim como nós perdoamos aqueles que nos devem.
A obra de purificação do servo cruel não foi completa, ele quis apenas seu bem estar deixando de lado a misericórdia com seus companheiros, assim sua purificação não pode ser feita em vida para sua entrada no Reino; Jesus Cristo então nos apresenta outro tipo de purificação para esses pecados não mortais.

Mateus 18,34-35. O patrão indignou-se e mandou entregá-lo aos torturadores até que pagasse toda a dívida. É assim que procederá convosco o meu Pai que está no Céu, se cada um não perdoar do fundo do coração a seu irmão.

Então o Rei (Deus) que estava totalmente disposto a perdoá-lo de todos seus pecados (com tanto que ele também perdoasse seus companheiros) retém esse perdão e sua entrada no Reino, assim Deus o entregou aos (ALGOZES) para ser pago ali sua divida (purificado seus pecados não mortais) e só depois dessa purificação ele poderia entrar no Reino de Deus.

Para quem não sabe (ALGOZES) significa (CASTIGO), esse é o castigo de penitencia para purificação desses pecados não mortais e não expiados em vida. 
       
·                     Aquele que morre em total graça e santidade vai para o paraíso de Deus.
·                     Aquele que morre em amizade com Deus, mas com pecados não mortais passa pelos algozes (purgatório) para se purificar e entrar no paraíso de Deus.
·                     Aquele que morre em total inimizade com Deus e com pecado mortais tem como recompensa o fogo eterno.       

Não podemos deixar de lembrar que a argumentação protestante de que o purgatório invalida a obra de redenção de Jesus Cristo na cruz é totalmente nula, pois com esse mesmo argumento eu poderia colocar que a confissão e o batismo também invalidam a redenção de Jesus Cristo na cruz, pois tanto o batismo como a confissão nos purifica de nossos pecados cometidos. E o purgatório é só um desses preceitos para total purificação de nossos pecados não mortais cometidos, mas não expiados em vida. 

Bem essa foi à primeira matéria sobre o purgatório.